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CITOGEM + TRISSOMIA LIVRE

Semanalmente você poderá revisar e ou aprender sobre CITOGENÉTICA. Fique sempre ligado em nosso site para se auto capacitar!
19-09: CARIÓTIPO => COLETA DO MATERIAL BIOLÓGICO
Todo exame de cariótipo inicia-se com a coleta do material biológico e precisa seguir normas de segurança e cuidados com a coleta e transporte de material biológico até o laboratório que realizará a análise. Material biológico é referente a fonte, ou tipo tecido/células que serão utilizadas nos exames, por exemplo podem ser: sangue periférico, pele, células tronco mesenquimais, medula óssea, líquido amniótico, produtos de aborto, vilo coriônico. Para cada tipo celular é necessário uma adequação na coleta, armazenamento e transporte, por isso é necessário realizar a coleta em laboratórios que sigam as recomendações e normas estabelecidas.
Podemos citar aqui as principais recomendações sobre a coleta do sangue periférico, para tal é necessário o uso de anticoagulante heparina (indicado para diminuir a capacidade de coagulação do sangue e ajudar na prevenção da formação de coágulos, aproximadamente 3 a 5 ml de sangue, não congelar a amostra até a realização do exame, ter certa agilidade no transporte (até 2 dias) e não é necessário jejum ou outras restrições alimentares. É importante sinalizar uso de antibióticos recentes.
20-09: CARIÓTIPO => CULTIVO CELULAR
A cultura celular refere-se ao processo de multiplicação celular em laboratório e destaca-se para particularidades entre os tipos celulares e os tipos de cultura celular, ou seja, algumas células multiplicam-se livres em soluções (cultivo em suspensão) e outras em aderidas a superfícies (cultivo em camada única).
Nesta etapa do processo da técnica de cariótipo é necessário manter condições básicas e comuns às culturas celulares, mantendo particularidades e exigências de cada tipo celular. No geral, para uma cultura celular acontecer a fim de estudo cromossômico são necessários: adequados meios de cultura com respectivos nutrientes e mitógenos (a depender do tipo celular a ser cultivado), ambiente higienizado, como fluxo laminar ou cabine biológico (local que permitirá a manipulação da amostra biológica e impedirá a contaminação da mesma), material de manipulação estéril ou descartável, EPIs e estufas com, ou sem, CO2 a depender do cultivo a ser realizado. É importante, para o sucesso desse processo, que os reagentes (Meios de Cultura) sejam de excelente qualidade.
22-09: CARIÓTIPO => OBTENÇÃO DAS METÁFASES
Para obtenção das metáfases é necessário um processo fiel e rigoroso para a paralisação do ciclo celular e tratamento das células. Nesta etapa do processo, nosso objetivo é capturar com o DNA altamente condensado e assim visíveis ao microscópio.
Voltando um pouco, na etapa de cultivo celular as células estão sofrendo constantes divisões e para sincronizarmos o ciclo e obtermos o maior número de células em metáfase utilizamos uma droga paralizante, que impede a produção do fuso, conhecida como colchicina. Após o uso da colchicina e sua ação no material cultivado é necessário o acesso ao acesso dos cromossomos e para isso uma solução hipotônica de KCl é adicionada no processo a fim de manter todas as células túrgidas. Um solução de álcool e ácido (metanol + ácido acético) interrompe a ação da solução hipotônica de KCl e faz a fixação do material.
26-09: CARIÓTIPO => PREPARO DA LÂMINA
Conta aí, como é feito o pingo no seu laboratório?? Para a confecção das lâminas e seu uso no processo de cariotipagem é muito importante conferir, ajustar e manter dois pontos: temperatura e umidade do ar.
Vamos lá, agora temos um frasco de cultura, com células em metáfases, túrgidas e fixadas, prontas para serem gotejadas em uma lâmina de vidro. Para a realização deste gotejamento, etapa chamada carinhosamente pelos citogeneticistas de “pingo” existem algumas manobras e manhas não muito definidas e aceitasse como ideal a maneira de pingar padronizada em cada laboratório, o importante aqui é seguir o protocolo estabelecido.
O pingo, literalmente é, dispensar as células na lâmina a fim de estourar as células (já que os cromossomos estão dentro das células e precisam sair), obter os cromossomos visíveis mas sem espalhar ao longo das lâminas e permitir um número de metáfases razoável para a continuidade do processo.
Assim, as lâminas são armazenadas em estufas (60°C) para certo envelhecimento e permitir a continuidade do processo: o bandeamento cromossômico.
28-09: CARIÓTIPO => BANDAMENTO CROMOSSÔMICO
Para a produção de bandas cromossômicas é necessário realizar um tratamento enzimático nas metáfases. Uma Porção de Tripsina, na concentração e tempo de exposição padronizados irá promover uma degradação proteica no material genético.
Cada laboratório segue um protocolo, mas todos seguem uma lógica simples, quanto mais concentrada a solução de tripsina menor deverá ser o tempo de exposição. Este processo ocorre em ambiente com temperatura controlada, já que o aquecimento da solução trispina (mesmo que um aumento da temperatura do ambiente acima dos 25°C) pode interferir na sua ação e novo tempo de exposição a enzima deverá ser ajustado. Essa oscilação de temperatura e falta de padronização da concentração da solução tripsina e do tempo de exposição da enzima é um grave problema para laboratórios de diagnóstico de alta demanda. Finalizada a etapa de bandamento é preciso realizar a coloração das lâminas. A Etapa de coloração é literalmente dar um banho de solução salina com corante GIEMSA e marcas as regiões claras e escuras ao longo dos cromossomos metafásicos E aí, qual a particularidade deste processo realizado no seu laboratório???
04-10: CARIÓTIPO => ANÁLISE CROMOSSÔMICA
A análise cromossômica é a etapa do processo em que o analista irá, literalmente, analisar metáfases. Sim, iremos parear os cromossomos, observar o padrão de bandas de cada cromossomo e descrever o que foi identificado em cada metáfase analisada. Para tal análise o microscópio é fundamental, não temos visualização cromossômica sem microscópio.
No início da citogenética, até um passado próximo para alguns laboratórios e realidade de muitos outros, o uso do microscópio era, e é, parte integral do processo de análise. Ou seja, o analista visualizava e analisava metáfase por metáfase e registrava a análise em uma folha com anotações manuscritas.
Em laboratório de alta demanda existe a possibilidade de automação e agilidade na análise, isso decorrente da robotização e softwares de análise. Este robusto mecanismo com valores expressivos no mercado permite a realização do exame de cariótipo em escala, mas não é a realidade de muitos laboratórios, e se a demanda não justificar o investimento aí que não faz sentido a aquisição.
Um ponto importante deste assunto é a necessidade de uma analista experiente, para cariotipagem o robô e o computador não substituem os humanos. Assim, citogeneticistas, temos emprego por mais um tempo. Quanto tempo?? Vamos discutir aqui no Trissomia Livre mais adiante.
Como é feita a análise no seu laboratório?
05-10: CARIÓTIPO => LAUDO
O Laudo é a conclusão do caso. Informações sobre identidade do paciente, resultado da análise, parâmetros e nota conclusiva são indispensáveis em um laudo de citogenética. A imagem de uma metáfase, ou duas quando necessário, a fim de ilustrar o resultado conclusivo da análise é interessante, mas não obrigatória.
O laudo citogenético é, muitas vezes, o desfecho para um diagnóstico.

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